quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Filosofando sobre o BBB 10

Muita gente diz que não assiste ao BBB, mas será mesmo?
Fico observando os tentáculos midiáticos e de chegada até o espectador ou pretendente a tal de programas como este e acabo por perceber que assitimos a espetáculos circenses televisivos de alguma forma até mesmo sem percebermos, seja assistindo a programas em horários nobres ou por canais pagos, seja por meio de anúncios e chamadas em diversos canais de comunicação: internet, intervalos de programas televisívos, jornais, programas de rádio, canal predileto na TV por assinatura, jornais impressos, twitters, blogs, conversas de butequin, entre amigos e familiares, etc. Tem-se a impressão de que não podemos estar tão alheio a este programa como pensamos poder estar. O que podemos fazer perante a gigantesca invasão de nossa privacidade com o BBB? Não sei se tem uma fórmula pra isso, porém aqui vai uma sugestão: o mais importante não é deixar de ser epectador de alguma forma, pois parece improvável a não ser que, como pregava tendências gregas de um viver diferenciado a exemplo do ascetismo, evitemos o contato com o mundo e nos isolemos de qualquer influência informátiva de nosso tempo e seus meios de informação e des-informação o que parece ser improvável na era atual. Acredito que devemos, sim, é olhar para os fenômenos e eventos do nosso tempo de uma forma criteriosa, crítica, autônoma e emancipada, deconstruindo conceitos, formas e conteúdos para que possamos compreender as causas, a dimensão, o alcance e os efeitos do fenômeno, no caso o BBB, para podermos traçar um pensar aprofundado, coerente e sério sobre tal assunto.
Será que o vilão é o BBB em si ou será que não é a ausência de um pensar crítico sobre o mesmo que o faz ser uma ferramenta tão forte nas mãos de marqueteiros, donos de emissoras e rádio, publicitários, donos de investimentos de capitais e outros mais, frente ao controle de emoções, linguagens, valores, regras e normas de condutas sociais? Será que a eudcação brasileira propicia a um pensar crítico, autônomo e aprofundado? Devemos valorar, nossa época, é o fenômeno em sí ou as redes de conexão ligadas ao fenômeno? Numa era de globalidade informacional e formacional e de influência complexa, como devemos nos enxergar e enxergar o outro a partir de programas como este?
Se você é ou não um fã do BBB, não deixe de pensar sobre o mesmo...pois alguém do seu lado pode estar sendo influenciado pelo mesmo como milhões de outros. Pense nisto.

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