segunda-feira, 29 de março de 2010

BBB 10 É SÓ UM MERO ENTRETENIMENTO SOCIAL?

O entretenimento mais discutido no momento e menos indicado para o desenvolvimento cristão e para o avanço positivo da democracia brasileira no que tange a formação de valores está chegando ao fim (BBB10) e deixando muitas dúvidas, incertezas e questões. É inegável o sucesso econômico-financeiro para os seus criadores, veiculadores e patrocinados, mas e os efeitos desse programa para a sociedade em geral, pois a mesma acabou por se envolver de alguma forma, seja participando ou ouvindo?
Se observarmos atentamente o jogo como um todo e a diversidade dessa edição do BBB (BBB10), podemos concluir que a Rede Globo, mesmo querendo se descolar da imagem negativa veiculada pelos participantes ao emitirem suas pseudo-verdades segregadoras, homofóbicas, machistas e perigosas para a formaçao do público geral, perdeu um dos momentos mais importante para empreender um estilo formativo e informativo ao público, favorecendo uma ampliação eficiente e positiva do debate referente a diversidade sexual, sobre a diferença de gêneros e preconceitos. Muitas dúvidas ficaram, ao meu ver, no inconsciente coletivo: a primeira quanto ao processo de edição do programa em todo o processo, a segunda, quanto a manipulação editorial veiculada para os não visualizadores de canais fechados, a exemplo do Multishow, por parte dos produtores. A terceira, quanto a escolha de quem os diretores e patrocinadores desejavam que vencesse o jogo, deixando aqui manifestado que o programa deveria ter como príncipio a máxima neutralidade frente ao jogo. Existem muitas outras dúvidas, mas essas se sobressairam ao meu ver.
As incertezas estão relacionadas com os efeitos psico-sociais e aos avanços empreendido pelo programa em questão referente a causa GLBT e Direitos Humanos. Se pudéssemos observar no todo as conversas de butequins, churrascos, roda de amigos, em filas de qualquer espécie, em cada esquina desse Brasil sobre o BBB10, iríamos notar um forte manifestação de preconceito generalizada e até corroborada por falas e manifestações no programa. Será que houve uma significativa influência do programa e dos participantes para desencadear isso? E se esse preconceito era anteriormente previsível ou até mesmo previsto durante as falas dos participantes porque a emissora não se preocupou, eficazmente, em imprimir um forte controle legal e psicológico dos participantes? Será que deve-se controlar somente violências físicas ou deve-se controlar também as violências simbólicas de efeitos profundos?
Quanto às questões, algumas se sobressaem: deve o Ministério Público fiscalizar o programa BBB e seus produtores? Deve a emissora cuidar melhor da edição de cada epsódio que vai ao ar em próximas edições? Como fica a imagem do homossexual, aqui visto genericamente, a partir desse BBB10? Será que a homossexualidade é "ROSA" ou é multifacetada, pois nem todo homossexual tem seu referencial no "ROSA" a exemplo de Homossexuais travestidos de Héteros e manifestadamente homofóbicos no seio de nossa sociedade. Quantos já não bateram, ofenderam, espancaram e até mataram homossexuais por causa da não aceitação da sua própria sexualidade? Quantos, em nome da fé religiosa, não ofenderam a dignidade de outrem por causa da orientação sexual, esquecendo que Cristo, nos evangelhos, não faz segregação, divisão, mas prega a acolhida, vida e o amor ao próximo. Será que devemos amar ao próximo só quando esse próximo pactua com minhas crenças e valores? Será que é essa a melhor interpretação da máxima cristã: amai-vos uns aos outros?
Ah você, leitor desta humilde divagação intelectual, pode dizer: "eu não sou cristão". Então vamos pensar nos passos, exemplos e mensagens humanitárias deixados por Chico Xavier, Ghandi, Luther King, Budha, Nelson Mandela, Sócrates, entre outros para a ser humano. Todos eles deixaram mensagem de crença nos valores positivos da humanidade, pediram respeito, paz, harmonia e defenderam direitos de todos de existirem e serem felizes, defenderam mais acentuadamente os direitos de minorias castradas em seus interesses e direitos.
Não adianta dizer que esse é apenas um jogo, um entretenimento, um programa comum de diversão social, ele é sim um veiculador de valores, disseminador de idéias e formador de opiniões. Tanto é que tem um respaldo técnico-jurídico por trás do programa. Assim, fica aqui o meu desejo de que edições futuras do BBB sejam mais bem elaborados, controlados e fiscalizados e que a sociedade possa se divertir-se, informar-se e formar-se de forma mais interessante, positivamente e que os valores mais imperiosos para o bem da coletividade, possam ser máximas defendidas por um dos maiores veículos de informação do Brasil que é a Rede Globo. Cada pessoa que pagou para assistir, para veicular pensamento e mensagens merecem mais que entretenimento, merecem dignidade, respeito e valoração de cada um mesmo que diferente.

2 comentários:

Ely disse...

acho que o bbb, representa muito mais que um mero entreterimento, podemos notar isso qndo certas opiniões são tomadas como verdades absolutas ou mesmo pela mera maquiagem que a edição faz para não deixar o que se realmente fala na casa. digo isso pq aqui tem o programa 24hs e as vezes que assisti fiquei pasmo ao ver certas conversas e o preconceito explicito em certas opiniões, acho que o programa vai muito alem de ser mera diversão, passa a ser também uma metraladora ambulante de pensamentos, tanto para como o bem qnto para o mal. acho que esse tipo de programa é até valido, pois assim podemos notar as nuances das diversas personalidades....abraços... Ely

http://www.infoenem.com.br disse...

É algo esquecível e descartável, na minha opinião...